Meu Cantinho

Eu precisava urgentemente de um lugar onde eu pudesse "guardar" frases que leio ou escuto por aí, e não as quero esquecer... Poesias, textos, pensamentos... As mais variadas coisas que encontro tanto no mundo virtual, quanto real. Quero guardá-las aqui. Não é apenas um "blog". É um reduto onde há muito carinho. Se você gostou, faça-me companhia. Amigos e simpatizantes são bem vindos.

Apenas se vê bem com o coração, pois nas horas graves os olhos ficam cegos. (Exupéry)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

 
 
A LENDA DOS INDIOS CHEROKEES
Você conhece a lenda do rito de passagem da juventude dos índios Cherokees?

O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho.
O filho fica sentado sozinho no ...
topo de uma montanha durante toda a noite e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte.
Ele não pode gritar por socorro.
Se ele passar toda a noite lá, será considerado um homem.
Ele também não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido.
O menino está naturalmente amedrontado.
Ele ouve toda espécie de barulho.
Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele.
Talvez alguns humanos possam feri-lo.
Os insetos e cobras podem vir pica-lo.
Ele sente frio, fome e sede.
O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta estoicamente e nunca remove a venda.
Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem.
Finalmente...
Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida.
Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele. Ele permaneceu a noite inteira protegendo seu filho do perigo.

Nós também nunca estamos sozinhos! Mesmo quando não percebemos, Deus está olhando para nós, "sentado ao nosso lado". Quando os problemas vêm, tudo que temos a fazer é confiar que ELE está nos protegendo.
Evite tirar a sua venda antes do amanhecer... Apenas porque você não vê Deus, não significa que Ele não esteja conosco. Nós precisamos caminhar pela nossa fé, não com a nossa visão material.
 
(Fonte: Blog  de ROSANE ITABORAI )


Não tenho vergonha de dizer que estou triste,
Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas:
Estou triste por que vocês são burros e feios
E não morrem nunca...

(Mário Quintana) :-) kkkkkkkk

 

Rui Barbosa

Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:

- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinqüagésima potência que o vulgo denomina nada.

E o ladrão, confuso, diz:

– Dotô, eu levo ou deixo os pato?


 

Frequentemente, eu me pergunto...

“O que cada um de nós está fazendo neste planeta?”
Se a
vida for somente tentar aproveitar o máximo possível as horas e minutos, não tem sentido. Tenho certeza de que existe um sentido melhor em tudo o que vivemos. Para mim, nossa vinda ao planeta Terra tem basicamente dois motivos: evoluir espiritualmente e aprender a amar melhor.
Todos os nossos bens na verdade não são nossos. Somos apenas as nossas almas. E devemos aproveitar todas as oportunidades que a vida nos dá para nos aprimorarmos como pessoas.
Os nossos fracassos são sempre os melhores professores , e " é " nos momentos difíceis que as pessoas precisam encontrar uma razão para continuar em frente.As nossas ações, especialmente quando temos de nos
superar, fazem de nós pessoas melhores. A nossa capacidade de resistir às tentações, aos desânimos para continuar o caminho é que nos torna pessoas especiais.Ninguém veio a essa vida com a missão de juntar dinheiro e comer do bom e do melhor. Ganhar dinheiro e alimentar-se, faz parte da vida, mas não pode ser a razão da vida.Tenho certeza de que pessoas como Martin Luther King, Mahatma Ghandi, Nelson Mandela, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Betinho e tantas outras anônimas, que lutaram e lutam para melhorar a vida dos mais fracos e dos mais pobres, não estavam motivadas pela idéia de ganhar dinheiro.O que move essas pessoas generosas a trabalhar diariamente, a não desistir nunca? A resposta é uma só: a consciência de sua missão nesta vida.Quando temos a consciência de que através do nosso trabalho estamos realizando nossa missão, desenvolvemos uma força extra, capaz de nos levar ao cume da montanha mais alta do planeta.Infelizmente, muita gente se perde nesta viagem e distorce o sentido de sua existência pensando que acumular bens materiais é o objetivo da vida. E quando chega no final do caminho percebe que só vai poder levar daqui o bem que fez às pessoas.Se temos estado angustiados sem motivo aparente, está aí um aviso para pararmos e refletirmos sobre o nosso estilo de vida. Escutemos a nossa alma: ela tem a orientação sobre qual caminho seguir.Tudo na vida é um convite para o avanço e a conquista de valores na harmonia e na glória do bem."


  (Roberto Shinnyashiki)


O poema Canção do Exílio, foi escrito em julho de 1843, em Coimbra, Portugal. Nele o poeta brasileiro retrata a saudade que sentia de sua Terra Natal: Brasil.


Canção do exílio

  "Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."



Nascido em Caxias, no estado do Maranhão, era filho de uma união não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça cafuza, brasileira (o que muito o orgulhava de ter o sangue das três raças formadoras do povo brasileiro: branca, indígena e negra).

Foi estudar na Europa, em Portugal em 1838 onde terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1840), retornando em 1845, após bacharelar-se.
No ano seguinte ao seu retorno conheceu aquela que seria sua grande musa inspiradora: Ana Amélia Ferreira Vale. Várias de suas peças românticas foram escritas para ela
Gonçalves Dias pediu Ana Amélia em casamento em 1852, mas a família dela, em virtude da ascendência mestiça do escritor, refutou veementemente o pedido. No mesmo ano retornou ao Rio de Janeiro, onde casou-se com Olímpia da Costa.
Voltou à Europa em 1862 para um tratamento de saúde. Havia contraído a tuberculose. Não obtendo resultados retornou ao Brasil em 1864 no navio Ville de Boulogne, que naufragou na costa brasileira; salvaram-se todos, exceto o poeta que foi esquecido agonizando em seu leito e se afogou. O acidente ocorreu nos baixios de Atins, perto da vila de Guimarães no Maranhão.

Dispersão

Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto,
E hoje, quando me sinto,
É com saudades de mim.

Passei pela minha vida
Um astro doido a sonhar.
Na ânsia de ultrapassar,
Nem dei pela minha vida...

Para mim é sempre ontem,
Não tenho amanhã nem hoje:
O tempo que aos outros foge
Cai sobre mim feito ontem.



(Mário Sá Carneiro) 

Somos quem podemos ser!

Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos às vezes erram a direção

E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração

A vida imita o vídeo
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez

Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter

Um dia me disseram
Quem eram os donos da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem essa prisão

E tudo ficou tão claro
O que era raro ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comum

A vida imita o vídeo
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez

Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter

Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem essa prisão

Quem ocupa o trono tem culpa
Quem oculta o crime também
Quem duvida da vida tem culpa
Quem evita a dúvida também tem

Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter

 

(Engenheiros do Hawaii - Composição : Humberto Gessinger)

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Trechos da Carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal Dom Manuel, quando da chegada dos portugueses ao Brasil.


1º trecho
E neste dia, a hora de véspera, houvemos vista de terra, isto é, primeiramente d'um grande monte, mui alto e redondo, e d'outras serras mais baixas a sul dele e de terra chã com grandes arvoredos, ao qual monte alto o capitão pôs nome o Monte Pascoal e à terra a Terra de Vera Cruz.

2º trecho
E dali houvemos vista d'homens, que andavam pela praia, de 7 ou 8, segundo os navios pequenos disseram, por chegarem primeiro. (...) E o capitão mandou no batel, em terra, Nicolau Coelho, para ver aquele rio. E, tanto que ele começou para lá d'ir, acudiram pela praia homens, quando dous, quando três, de maneira que, quando o batel chegou à boca do rio, eram ali 18 ou 2O homens, pardos, todos nus, sem nenhuma cousa que lhes cobrisse suas vergonhas. (...) Ali não poude deles haver fala nem entendimento que aproveitasse, por o mar quebrar a costa. Somente deu-lhes um barrete vermelho e uma carapuça de linho, que levava na cabeça, e um sombreiro preto. E um deles lhe deu um sombreiro de penas vermelhas e pardas, como de papagaio. E outro lhe deu um ramal grande de continhas brancas, miúdas, que querem parecer d'aljaveira, as quais peças creio que o capitão manda a Vossa Alteza. E com isto se volveu às naus por ser tarde e não poder deles haver mais fala, por azo do mar.

3º trecho
E sendo Afonso Lopes, nosso piloto, em um daqueles navios pequenos por mandado do capitão, por ser homem vivo e destro para isso, meteu-se logo no esquife a sondar o porto dentro. E tomou em uma almadia dous daqueles homens da terra, mancebos e de bons corpos. (...) Trouxe-os logo, já de noute, ao capitão, onde foram recebidos com muito prazer e festa.
A feição deles é serem pardos, maneira d'avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto.

4º trecho
O capitão, quando eles vieram, estava assentado em uma cadeira e uma alcatifa aos pés por estrado, e bem vestido, com um colar d'ou-ro mui grande ao pescoço. (...) Um deles, porém, pôs olho no colar do capitão e começou d'acenar com a mão para a terra e despois para o colar, como que nos dizia que havia em terra ouro. E também viu um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e então para o castiçal, como que havia também prata. (...) Deram-lhe ali de comer pão e pescado cozido, confeitos, fartes, mel e figos passados; não quiseram comer daquilo quase nada. E alguma cousa, se a provaram, lançavam-na logo fora.

5º trecho
Viu um deles umas contas de rosário, brancas, acenou que lhas dessem e folgou muito com elas e lançou-as no pescoço e depois tirou--as e embrulhou-as no braço; e acenava para a terra e então para as contas e para o colar do capitão, como que dariam ouro por aquilo. Isto tornávamos nós assim por o desejarmos; mas, se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto não queríamos nós entender, porque lhos não havíamos de dar. E despois tornou as contas a quem lhas deu.

6º trecho
E uma daquelas moças era toda tinta, de fundo a cima, daquela tintura, a qual, certo, era tão bem feita e tão redonda e sua vergonha, que ela não tinha, tão graciosa, que a muitas mulheres de nossa terra, vendo-lhes tais feições, fizera vergonha, por não terem a sua como ela.
7º trecho
Eles, porém, com tudo, andam muito bem curados  e muito limpos e naquilo me parece ainda mais que são como aves ou alimárias monteses que lhes faz o ar melhor pena e melhor cabelo que às mansas, porque os corpos seus são tão limpos e tão gordos e tão formosos, que não pode mais ser. E isto me fez presumir que não têm casas nem moradas em que se acolham. E o ar, a que se criam, os faz tais.

8º trecho
Parece-me gente de tal inocência que, se os homens entendesse e eles a nós, que seria logo cristãos, porque eles não têm nem entendem em nenhuma crença, segundo parece. E, portanto, se os degredados que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido, segundo a santa tenção de Vossa Alteza, fazerem-se cristãos e crerem na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque, certo, esta gente é boa e de boa simplicidade e im-primir-se-á ligeiramente neles qualquer cunho que lhes quiserem dar. E logo lhes Nosso Senhor deu bons corpos e bons rostos, como a bons homens e ele, que nos por aqui trouxe, creio que não foi sem causa. E portanto, Vossa Alteza, pois tanto deseja acrescentar na santa fé católica, deve entender em sua salvação; e prazerá a Deus que, com pouco trabalho, assim será.
Eles não lavram, nem criam, nem há aqui boi, nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem outra nenhuma alimária, que costumada seja ao viver dos homens; nem comem senão desse inhame que aqui há muito e dessa semente e fruitos que a terra e as árvores de si lançam.
9º. trecho
Nela até agora não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem nenhuma cousa de metal, nem de ferro; nem lho vimos. A terra, porém, em si, é de muito bons ares, assim frios e temperados como os d'Antre Doiro e Minho, porque neste tempo d'agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem. Mas o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar...



quinta-feira, 19 de abril de 2012

Estou além...

Amigos



"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos. Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas que trocaremos. Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices... Até que os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro. Vamo-nos perder no tempo...
Um dia os nossos filhos vão ver as nossas fotografias e perguntarão: "Quem são aquelas pessoas?" Diremos que eram nossos amigos, e isso vai doer tanto!
"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"
 A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente. Quando o nosso grupo estiver incompleto,  reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo. E, entre lágrimas abraçar-nos-emos. Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes desde aquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado. E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida te passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades....
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"


Fernando Pessoa

Amigo


Você meu amigo de fé meu irmão camarada, amigo de tantos caminhos de tantas jornadas

Cabeça de homem mas o coração de menino, aquele que está do meu lado em qualquer caminhada

Me lembro de todas as lutas meu bom companheiro, você tantas...
vezes provou que é um grande guerreiro

O seu coração é uma casa de portas abertas, amigo você é o
mais certo das horas incertas

Às vezes em certos momentos difíceis da vida, em que precisamos
de alguém para ajudar na saída

A sua palavra de força de fé e de carinho, me dá a certeza de que eu nunca estive sozinho

Você meu amigo de fé meu irmão camarada, sorriso e abraço festivo da minha chegada

Você que me diz as verdades com frases abertas, amigo você é o mais certo das horas incertas

Não preciso nem dizer, tudo isso que eu lhe digo, mas é muito bom saber, que você é meu amigo!

Não preciso nem dizer, tudo isso que eu lhe digo, mas é muito bom saber que eu tenho um grande amigo!

(Amigo - Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

Vilarejo




"Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
... Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá

Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real

Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção

Tem um verdadeiro amor
Para quando você for..."

(Vilarejo - Marisa Monte)

sábado, 14 de abril de 2012

Amigas


Há quem diga que mulheres, quando são amigas, ficam insuportáveis,
porque concordam sempre uma com a outra e não se desgrudam.

A vida nos apresenta milhares de pessoas.
E cada uma delas vem cumprir um papel conosco.
Todas elas ficam na nossa memória, nos nossos hábitos, nas nossas fotos, nos nossos guardados... E no meio de tudo que se sente de dor, ou de prazer.

Eu tenho saudade de todas as amigas que já tive na vida.

...
Tem as amigas da família, as primas, irmãs e tias, que sempre estão indo e vindo da sua vida, provando que o tempo passa, mas certas coisas nunca mudam.

Aquela amiga desbocada que só fala palavrão e se mete em encrenca, mas faz você rir muito.
Tem aquela com quem você anda de braços dados pra todo canto.
Aquela pra quem você contou sobre o primeiro garoto que você gostou.
Aquela que te dá toques sobre roupas, pessoas, corte de cabelo e comportamento.
Tem aquela outra que é chorona, aquela que critica você a cada cinco minutos, aquela nerd e cdf que sabe de tudo e aquela melosa, que gosta de abraçar e mandar recadinhos de amor.
E aquela com quem você dividiu a cama naquela viagem que foi o maior programa de índio da sua vida.
Aquela pra quem você conta absolutamente tudo, e sente que foi entendida, e sai aliviada.
Aquela que te dá broncas e manda você parar de roer as unhas.
Aquela que não tem vergonha de dizer que te ama.
Aquela que apresenta os melhores caras.
Aquela que passa com você o momento mais difícil da sua vida.
Aquela que liga todo dia.
Aquela intelectual, que te ensina milhares de coisas.
Aquela que abraçou em silêncio e sentiu você chorar, e aquela que virou as costas quando você mais precisou.

Aquela que faz tudo que você pede e aquela egoísta.
Aquela que ouve quando você está apaixonada e passa horas falando do mesmo assunto.

E aquela que entende quando você a deixou pra ficar com seu namorado.
E aquela outra que exige a sua atenção.
Aquela que só liga no dia do seu aniversário, e que mesmo assim você adora.
Aquela que te indica ginecologista.
Aquela que era a mais chegada, mas sumiu e você nunca mais soube.
E aquela que é uma irmã pra você.

Tem quem não possui tantas amigas assim, mas tem aquela que vale por todas.
E tem também a melhor amiga.
Aquela que é simplesmente aquela.

Claro, os homens também sabem ser bons amigos.
Também deixam ótimas lembranças.

Mas nada é igual à amizade entre duas mulheres.

Um grande beijo para as amigas que vierem a ler isso, para as que não vão ler, para aquelas que estão perto e longe de mim, para aquelas que eu lembro a todo minuto e para aquelas que eu esqueci.

Digo sem piscar que a amizade
vale a pena e quem me ensinou isso foi você!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Primavera

É Primavera!!!
Te amo!!! 
É Primavera!!!
Te amo!!
Meu amoooorrrr!!!
Trago esta rosa... Para te dar!!!
Hoje o céu está tão lindo!!
Sai chuva!
Hoje o céu está tão lindo!!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Saudades (Outra vez)

Ohhh como a internet pode ser contraditória para os que como eu, estão expostos àquele sentimento tão malvado, chamado SAUDADES...
Hoje, sem ter nem pra quê, vendo as fotos de meus familiares, de lugares que estive... Bateu aquela saudade, que só quem já sentiu, sabe do que estou falando.
É uma sensação REALMENTE daquilo que se foi, e já não podemos reviver nem um pouquinho... É assistir de camarote, sem poder participar, dos encontros e reencontros tão felizes registrados nas fotos, nos comentários...

A sensação que a saudade deixa, é de que a vida está passando, e eu estou perdendo tanto dela... Atenção! A minha saudade não DEVE nem pode ser confundida com arrependimento. É uma saudade sadia, saudades mais do que justificadas para quem tem uma família tão numerosa e engraçada, e se encontra aqui, sozinha dessa família, do outro lado do Oceano...
Como eu poderia imaginar, que aqueles cafezinhos de fim de tarde, regados de conversas banais iriam me fazer tanta falta!! Aqueles telefonemas sem nexo, pra conversar nada. Aqueles lanches onde juntávamos os últimos tostões de cada um para poder pagar a conta, aquelas gargalhadas!! O riso fácil!! Isso tudo me faz sentir tantas saudades... Nessas horas, maldigo a internet que me permite ver com tanta riqueza de detalhes, tudo aquilo que não posso mais vivenciar com aqueles que amo, embora vivencie aqui coisas diferentes e que também me fazem feliz. Mas quem foi que uma dia disse essa "máxima" de que "não podemos ter tudo"?? Que coisa...