Meu Cantinho

Eu precisava urgentemente de um lugar onde eu pudesse "guardar" frases que leio ou escuto por aí, e não as quero esquecer... Poesias, textos, pensamentos... As mais variadas coisas que encontro tanto no mundo virtual, quanto real. Quero guardá-las aqui. Não é apenas um "blog". É um reduto onde há muito carinho. Se você gostou, faça-me companhia. Amigos e simpatizantes são bem vindos.

Apenas se vê bem com o coração, pois nas horas graves os olhos ficam cegos. (Exupéry)

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Consciência

Hoje, não sei por que motivo lembrei-me da África. Aliás, sei sim qual foi o motivo. Foi Dona Milú.
Dona Milú é a africana mais africana que conheço! E olha que já conheci muitas depois que estou cá. Curiosamente, é uma africana não-negra (de pele).
Mas voltando à África... Onde é que eu ia mesmo???
Ah!! Sim, lembrei-me de Dona Milú, lembrei-me da África e fui ao google pesquisar algo bem bonito sobre. Não me interessava o país, bastava ser África.
Pois bem... O google me levou onde eu nem pensava ir neste momento... Mostrou-me antes de tudo uma imagem que sempre toca-me profundamente cada vez que a vejo.
Já não pensei mais em África.
Pensei na vida. E disse a Deus:
" Deus, que direito tenho eu, de reclamar seja lá do que for, quando imagens como estas são REAIS. Não são ficção. São humanos que as protagonizam! São crianças indefesas...Que mundo é este onde um abutre espera pacientemente que uma criança agonizante se transforme em alimento, enquanto o resto do mundo cruza os braços??  Que direito tenho eu, de fazer uma mínima queixa que seja???"

Tenho até vergonha de agradecer a vida que tenho, quando sei que não contribuo em nada para que cenas como estas sejam minimizadas em nossas sociedades.
Já não estou mais na África. Estou em toda parte...
Quantas crianças e idosos injustiçados temos a nossa volta e sequer damos conta? Quantos famintos choram por aquele pedaço de pão que rejeitamos... Não temos esse direito! Por pior que a nossa vida tenha corrido, há situações REALMENTE desesperadoras.
Olhemos para cenas como estas, não em posição de ataque, achando que Deus é o culpado. Não sejamos mais injustos! Olhemos sob uma nova óptica! Vejamos a nossa inércia diante de quadros desesperadores como este. O que eu tenho feito para ajudar?? O que você tem feito??
Não é momento para julgar. É momento para agir.
Vou começar rezando. (Já é alguma coisa). Acha pouco? Então faça melhor, nem que seja para me contrariar, ensine-me com a sua ação, a ajudar.
...E aí lá vem Dona Milu outra vez. Ela quer ser voluntária em trabalhos humanitários, mas não sabe nem por onde começar. São tantas as burocracias, mesmo para quem quer ajudar...
Hoje, finalizo o meu dia em agradecimento a Deus pelas minhas dificuldades, que são tão insignificantes diante da fome, do abandono, da verdadeira miséria.

domingo, 21 de agosto de 2011

As Cinzas de Ângela (Franck McCourt )




Este foi o melhor livro que li nos últimos tempos.
É uma auto-biografia da vida "sofrida" do autor, com mesclas de humor em meio a tanta pobreza.
Pode-se dizer que este livro é uma grande lição. Ajuda-nos a valorizar mais a vida e a tudo que temos.
Essas poucas linhas não fazem jus a esta obra, mas aqui deixo o meu resumido depoimento.
Vale a pena conferir:

Diz Franck McCourt no início do seu romance:

Quando penso na minha infância, pergunto a mim próprio como consegui sobreviver. É claro que foi uma infância infeliz: se tivesse sido feliz, dificilmente teria valido a pena. Pior do que qualquer vulgar infância infeliz é a infância infeliz de uma criança irlandesa, e, pior ainda, de uma criança irlandesa e católica.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Bruno

Inocência pura, generosidade, carinho, a beleza mais pura que alguém pode ter! Assim é Bruno Miguel.
Como não amá-lo?
Uma criança no sentido mais amplo da palavra. É tão humano o meu Bruno! Tem qualidades tão arraigadas, que acredito sinceramente, que mesmo depois de adulto formado, estas qualidades tão próprias dele permanecerão.
Não guarda rancor de nada. É feliz. E isso basta.
Tem aqueles "mulos"que tanto me matam de raiva! Isso é verdade! mas passados alguns minutos, lá está ele, tentando reconciliar-se. Com aquele jeitinho que me dobra e colocá-me no bolso!
Entrou em minha vida tão sorrateiramente (Ou melhor: entrei na vida dele) foi ganhando espaço, fez morada fixa e agora já não sai mais.
O melhor de tudo isso, é que o amo por ELE ser como é, e não por ser filho de quem é. Amo-o independentemente de qualquer laço que ele possa ter.
Pronto! Ta dito! Seria injusto não postar esse amor "no Meu Cantinho".